domingo, 30 de novembro de 2008

O prazer de lutar ou a obsessão de não desistir?!

Há coisas na vida que nos marcam e o que nutrimos por elas é maior do que pensamos ser possível.
Por vezes, como rezam alguns provérbios e ditados, só sabemos o que tínhamos após o termos perdido.
Mas nem sempre é assim.
Há algumas variáveis.
Por vezes sabemos o que temos e ansiamos por perder isso mesmo, tal é o efeito nefasto em nós (como o álcool ou ex-namoradas :x), outras vezes sabemos o que queremos e fazemos tudo para não perder isso de que tanto gostamos.
Há ainda a possibilidade de não sabermos mesmo nada e ora ficamos com o que temos ou perdemos esse algo, mas com indiferença.
Seja como for, o pior é mesmo quando damos muito valor a algo , sabemos disso, lutamos por isso e mesmo assim perdemos...
Nesse caso resta lutar para voltar a conseguir, para recuperar, para reconquistar.
Lutar como se o único objectivo da vida fosse esse mesmo.
Quando depende só de nós a tarefa é bem menos árdua, basta o nosso querer...
Mas quando depende de outros, tudo muda de figura!
Felizmente eu nunca desisti de nada.
No caso concreto do problema físico que me amaldiçoou 2008, após vários meses de calvário persisti até conseguir voltar a ser eu.
Parece que finalmente reentrei na rota.
Este é o prazer de lutar.

Porém, às vezes há situações na vida em que ficamos obcecados em não desistir e não percebemos que se calhar não estamos a fazer o mais correcto, ou por falta de conhecimento, argumentos ou indecisão assombrosa dos "outros".
Aqui falo de relações humanas claro está.
Com a minha luta dolorosa, embora prazerosa na medida em que recuperei a esperança e tracei o objectivo de voltar a ser eu, a luta para voltar a correr, saltar e jogar futebol, aprendi a lição de que a teimosia é muito positiva!, bem como devemos "mandar à merda" todos os que dizem para desistir.
Mas nas relações...
A conquista é algo genial, nada como partilhar essa experiência com outro ser humano capaz de retribuir.
Aí a luta é igualmente boa e salutar.
Tenho pena de quem nunca passou por isso.
O pior é mesmo quando sabemos que alguém, por mal, por birra, por indecisão ou por que outro motivo for, nos diz que sim e nos diz que não de um modo interminável, que nos estende a mão e a retira quando lhe içamos os nossos dedos.
O que fazer nessa situação?
Continuar a lutar ou parar para pensar?
Não sei... mas creio que isto é o farei ao passar por tal situação: "Eu provavelmente morro com o fim da luta, mas se te faz feliz eu paro e recomeço com um ódio banal que não nos faça tanto mal, que não nos torne mais amargos e nos deixe sem dúvidas..."

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

E agora, o gesso!

Estou de volta da intervenção cirúrgica e com a confiança em alta! Correu tudo 100% bem segundo o médico e agora resta-me recuperar com afinco! E trago muitas histórias.. mas essas não podem aparecer por aqui ;)

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Reconstrução ligamentar, essa coisa bonita

Amanhã por esta hora devo estar deitado numa cama de um hospital , bem combalido ainda, mas, se tudo correr bem, um passo mais próximo de voltar aos campos de futebol e, quem sabe, rodeado de enfermeiras giras que se vão apaixonar por mim na primeira troca de olhares.
Nunca se sabe hein.
Passados 8 meses no estaleiro esta será a última hipótese que tenho e consiste na reconstrução dos ligamentos na zona da tíbio-társica / tornozelo através de tecido ósseo do perónio que daí será retirado, moldado e colocado na zona destruída.
Muita ansiedade positiva e negativa em mim, pois quero mesmo voltar a ser eu, mas o facto de estar em contacto com agulhas e bisturis faz-me um pouco confusão.
E estar acordado "apenas" com uma epidural em cima.. não é animador.
Se não vos voltar a ver é porque sucumbi ;) caso contrário até daqui a uns dias.

PS: Quem quiser vir assinar o gesso que passe cá por casa depois ahah.

domingo, 23 de novembro de 2008

Sobe Petit!

Provavelmente o melhor momento dos últimos anos do humor português...



sábado, 22 de novembro de 2008

Momento de poesia

Identifico-me bastante com este poema que hoje relembrei e que venho, assim, partilhar com todos.

William Butler Yeats - He wishes for the Cloths of Heaven

Had I the heavens' embroidered cloths,
Enwrought with golden and silver light,
The blue and the dim and the dark cloths
Of night and light and the half-light,
I would spread the cloths under your feet;
But I, being poor, have only my dreams;
I have spread my dreams under your feet;
Tread softly because you tread on my dreams.

DragonBall - O filme

Pois bem, o primeiro trailer oficial do referido filme já anda por aí.
É inegável que esta série de desenhos animados influenciou a minha geração quando ainda éramos crianças, pelo que até estava bastante curioso para ir ver este filme, nem que fosse para relembrar e reviver alguns momentos da infância.
Porém, este trailer que se segue começou a corroer a vontade que tinha... As bolas de cristal não têm estrelas e são do tamanho de bolas de golfe? Onde está o Krilin? A Bulma a lutar? O Tartaruga genial tem cabelo e não tem barba?
Quem se dá ao trabalho de criar o Coraçãozinho de Satã à risca (parece ser a única coisa bem feita, pelo menos no trailer) e tem o descuido na caracterização, muito mais acessível, dos outros personagem principais?
Enfim, vejam o trailer e julguem-no vocês mesmo.



Olhos de mongol - parte II

(para quem não leu a primeira parte, pode consultar o texto aqui)
Estou saudosista.
Hoje fui atacado por uma brisa do passado, a qual me iluminou possíveis trilhos futuros, embora me encontre ainda perdido no presente.
As labaredas que outrora me incendiaram julgava-as extintas.
Porém, aquele palpitar único e incaracterístico decidiu visitar-me, tal como o corvo de Poe.
Não quero, ainda assim, ser castigado como Raskolnikov.
Assumi a culpa pelo crime, libertei o peso fumegante da dor psicológica que invadiu o meu espaço físico.
Logo sou mais eu, sou mais uno, posso olhar-te de novo.
Como te olhei antes.
Como te olhei sempre.
Aguardo somente que decidas abrir os olhos, para não me perder no vazio...

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Bangguru

Ora aqui está uma banda portuguesa que descobri hoje através de um amigo e que achei que valia a pena promover por aqui.
É uma banda com contornos semelhantes aos também portugueses Coldfinger.
E a voz desta senhora, Marisa Fortes, é algo do outro mundo.
A música chama-se Love Loss.



quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Sósias II

E porque nem só de plágios vive o mundo, hoje falaremos novamente de sósias.
Bem, estes acabam por ser um plágio em carne e osso! ;)
Os que se seguem foram recolhidos e recomendados pela minha amiga Leonor, que fez um excelente trabalho na minha opinião sincera!

Ora vejam lá...

Adriana Lima Versus Alicia Keys

Brad Pitt Versus Benicio del Toro


Edward Burns Versus Ben Affleck



Jojo Versus Lindsay Lohan



Jorge Gabriel Versus Paul Cattermole



Tom Chaplin Versus Diogo (Mac)




terça-feira, 18 de novembro de 2008

Plágios II

Mais um caso..
Pode parecer faccioso o facto de novamente envolver os muse nestes pequenos "escandalos", mas a verdade é que estes (ou melhor, os produtores dos seus vídeos) tendem a ser, ligeira ou abusadamente, copiados.
Neste caso específico está em questão o vídeo clip da música Sunburn, dos Muse, de 1999 e o recente filme Mirrors, de 2008.
No entanto segue apenas o trailer do referido filme, obviamente, e somente quem o viu na íntegra poderá julgar melhor esta situação.
Ainda assim, procurem as semelhanças...

Sunburn





Mirrors


segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Aquecimento Global? Por cá, não!

Não sei o que se passa com o povo português.
Não consigo entender.
Aquele fatalismo que nos caracteriza há vários séculos está a ganhar dimensões assustadoras e a devorar todos os outros sentimentos, bons e maus, que também nos caracterizavam.
Não parece haver espaço nos corações e almas dos portugueses para sentimentos como a alegria, o amor, a tristeza ou a dor.
Os portugueses estão cada vez mais a deixar de viver para simplesmente sobreviverem, limitam-se a existir, como elementos neutros condenados à insignificância.
E de quem é a culpa?
Não vamos acusar o Sócrates e a TVI (embora tenham a sua fracção), acusemo-nos antes a nós próprios por inoperância e incapacidade de sentir, de querer, de desejo.
Se calhar os pólos estão a descongelar porque o calor humano já não vem de onde vinha...

domingo, 16 de novembro de 2008

Plágios...

Ontem falei-vos de sósias, em tom de brincadeira.
Hoje falo-vos de plágio, algo que detesto.
Por vezes há plágios que passam despercebidos, mas outros há que conseguimos captar.
Seguem, portanto, dois vídeos.
O primeiro e original é o videoclip da música unintended, dos Muse, de 2000.
O segundo é um anúncio à água luso, de 2007.
Até vos diria algo como "vejam as diferenças"... mas será mais correcto dizer "vejam como são iguais"... Não concordam?

Muse - Unintended





Água Luso



sábado, 15 de novembro de 2008

Recordar é viver - @ Leipzig



Sósias ou imaginação?

Aqui vao alguns casos...

Hélder Postiga Versus Matthew Bellamy













Fucile Versus Eu próprio (medo)

















o meu amigo André Versus Russel Crowe (feita pelo João)

.



Momento FCP (Fomos Captados, Porra!)

Porto em 8º lugar com 11 pontos...

Surpresa?

Nem por isso.

Motivos?

Vários.

Exemplos?

Aqui vai um...

Reparem nas caras alegres e na "taça" que o Mariano tem escondida...
Este sim é o Porto que eu gosto!
Ahah!

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Muse

Hoje deixo-vos uma música da banda inglesa Muse, a minha predilecta desde 1999 (e assim me sinto velho... ).
Em breve farei aqui post com bastantes linhas e informação sobre a banda, mas até lá resumo a sua grandiosidade do mesmo modo que o maior site de fans (www.muselive.com) o faz : Muse - Rock for clever people!
A música chama-se Showbiz, do albúm com o mesmo nome, editado em 1999, sendo que o vídeo faz parte do primeiro dvd oficial da banda intitulado Hullabaloo, gravado ao vivo em Paris em 2002.



quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Metafísica do amor

O amor satisfeito está condenado à infelicidade.

É este o tema de um ensaio irado sobre o amor por parte do polémico, mas sábio, filósofo alemão Arthur Schopenhauer.

Segundo este, "o instinto do amor ilude a consciência" sendo que todos "os amantes são patetas que perpetuam a dor" que desconhecem que após "satisfeita a paixão, todo o amante experimenta uma estranha decepção".

Schopenhauer acusa o Cúpido, esse deus despótico, de orquestrar os seres humanos como fantoches nas suas mãos, afastando quem se ama de verdade e aproximando estranhos...

Assim, todos amam o que lhes falta, o que não têm...

Mas Schopenhauer não está só nas suas ideias.

Shakespeare disse "amo-a e odeio-a", como que confundido no seio de um turbilhão de emoções (suas) e mentiras (dos deuses).

Matthew Bellamy canta "Enojas-me por te amar tanto".

Manuel Cruz escreveu que "o amor é uma doença quando nele julgamos ver a nossa cura".

A duplicidade de sentimentos impossíveis de combater corrói os corações, desfaz ilusões e incendeia as almas e não as paixões...

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Síndrome de Estocolmo

Ora aí está algo que nunca se poderia chamar Síndrome de Lisboa.

Este termo, Síndrome de Estocolmo, tem a cunha de Nils Bejerot, famoso criminólogo e psicólogo, e identifica um estado psicológico particular desenvolvido por vítimas de sequestro que, ao invés de batalharem contra o seu raptor, se afeiçoam emocionalmente ao responsável pelo crime. O porquê do nome da cidade de Estocolmo associado a este estado patológico advém do famoso assalto a um banco na mesma cidade que durou nada mais nada menos que 5 dias e cujas repercussões foram as referidas na identificação do síndrome.

Voltemos agora à minha frase inicial que, analisando bem, quase que acaba por ser mais complexa do que o próprio síndrome apresentado... Portugal sofre de um grande mal... ao invés de nutrir sentimentos, o português comum e banal prefere fugir dos mesmos, o sangue latino que sempre em nós correu começa a desaparecer... pelo menos nas cidades "mais desenvolvidas", como eles lhe chamam. Acho piada.

Para reflexão a todos os portugueses deixo um dito também ele de Estocolmo, essa cidade estranha, mas interessante, onde até por quem nos rapta sentimos emoções positivas:

"É melhor comer papas de aveia acompanhado do que costeletas de porco sozinho."