O amor satisfeito está condenado à infelicidade.
É este o tema de um ensaio irado sobre o amor por parte do polémico, mas sábio, filósofo alemão Arthur Schopenhauer.
Segundo este, "o instinto do amor ilude a consciência" sendo que todos "os amantes são patetas que perpetuam a dor" que desconhecem que após "satisfeita a paixão, todo o amante experimenta uma estranha decepção".
Schopenhauer acusa o Cúpido, esse deus despótico, de orquestrar os seres humanos como fantoches nas suas mãos, afastando quem se ama de verdade e aproximando estranhos...
Assim, todos amam o que lhes falta, o que não têm...
Mas Schopenhauer não está só nas suas ideias.
Shakespeare disse "amo-a e odeio-a", como que confundido no seio de um turbilhão de emoções (suas) e mentiras (dos deuses).
Matthew Bellamy canta "Enojas-me por te amar tanto".
Manuel Cruz escreveu que "o amor é uma doença quando nele julgamos ver a nossa cura".
A duplicidade de sentimentos impossíveis de combater corrói os corações, desfaz ilusões e incendeia as almas e não as paixões...
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
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1 comentário:
Muito bom este post :)
(assim a roçar pro emo-romântico, sabes? :P ou não...)
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